BRASÍLIA – Em Minas Gerais, Estado com maior número de intervenções, o Tribunal de Contas da União (TCU) constatou que 80% não tinham contratos assinados. “Na administração pública não existe contrato verbal”, afirma o diretor-técnico do TCU mineiro, José Reinaldo da Motta. Ele vê na irregularidade indícios de serviço feito “à toque de caixa”. De acordo com um auditor do TCU local, há trechos em situação considerada “calamitosa”, como na BR-120 (em Ponte Nova), BR-491 (Alfenas), BR-265 (Nepomuceno) e BR-369 (Campos Gerais).

Na Bahia o TCU notificou seis empreiteiras por atrasos no cronograma das obras. Elas podem ser multadas. Na BR-324 (Salvador-Feira de Santana), técnicos do TCU identificaram uso de cascalho no lugar de massa asfáltica, método irregular. Apesar de já ter recebido os reparos previstos pela operação tapa-buracos, um trecho da BR-070 em Goiás (GO), perto da divisa com o Distrito Federal, tem buracos na pista, na altura do quilômetro 10 do trecho goiano da estrada Procurada. A unidade regional do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit) em Goiás informa que os buracos foram abertos pelas chuvas depois que as obras da operação foram executadas.

O Dnit garante que os buracos serão tapados, uma vez que os contratos prevêem que as empresas encarregadas das obras da operação permanecem realizando a manutenção das pistas por um período de seis meses após os reparos emergenciais. Com exceção dos buracos encontrados pela reportagem no quilômetro 10 da BR-070, em Goiás, as obras executadas na BR-070 no Distrito Federal (cerca de 20 quilômetros) e no início do trecho goiano não apresentaram grandes problemas.

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