O laudo pericial que apontará a causa do acidente que matou 32 pessoas na Rodovia Raposo Tavares deve ficar pronto em trinta dias, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal. Segundo o tenente João Carlos Lemes, a hipótese de uma ultrapassagem malfeita não está descartada. Mas, para ele, o acidente ainda é um mistério.

– Não há fatores de risco no local do acidente. Ali, a ultrapassagem é permitida nos dois sentidos e a visibilidade é boa, de cerca de 1,2 mil metros. O motorista teria tempo de retornar para a pista se houvesse um veículo na direção contrária. Ainda mais sendo um outro veículo grande – afirma.

O acidente ainda deixou 21 feridos. Segundo o delegado Claudinei Alves, de Presidente Prudente, para onde foram levadas todas as vítimas, a saúde de quatro pessoas é grave. Outros 17 já foram para o quarto e estão em observação. A maioria sofreu múltiplas fraturas. Durante todo o dia, os corpos foram identificados por parentes.

– O trabalho imediato era fazer a identificação e liberar os corpos. Agora, começa a investigação mesmo. Não há prazo para ela terminar porque, além de esperar os laudos técnicos, ainda temos de pegar o depoimento de testemunhas que não são da cidade. Elas serão ouvidas por colegas de outras cidades – afirma.

Segundo ele, tudo indica que o ônibus que seguia no sentido São Paulo derivou à esquerda, provocando a colisão.

– Mas ainda não é possível dizer o que causou esse desvio. Pode ter sido falha humana ou mecânica. Não dá para dizer que foi imprudência – afirma.

Os feridos estão no Hospital Universitário e na Santa Casa de Presidente Prudente. Médicos e enfermeiros que estavam de folga foram convocados às pressas para ajudar no atendimento dos feridos.

O choque foi tão violento que um dos ônibus entrou até a metade do outro veículo. Todos os passageiros que estavam na primeira metade morreram, entre eles um bebê de seis meses, que morreu junto com a mãe. Com a batida, as poltronas foram jogadas para frente, prensando os passageiros.

– Estamos apurando para saber se houve alguma falha mecânica ou humana. Mas eles não estavam em alta velocidade, andavam a cerca de 80 km/h – afirmou o gerente geral da Viação Andorinhas, José Eduardo Chaves, em entrevista à CBN.

O limite de velocidade no trecho da rodovia onde ocorreu o acidente é de 90km/h. O gerente da empresa revelou que os dois motoristas, que também morreram, eram eficientes e bons profissionais. Um deles tinha mais de 13 anos de empresa.

DEIXE UMA RESPOSTA

Você digitou um endereço de e-mail incorreto!
Por favor, digite seu nome aqui