A Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR) lucrou R$ 500 milhões no ano passado, 90% mais do que os R$ 263 milhões de 2004. O diretor de relações com o investidor, Ricardo Froes, atribuiu a performance a algumas alterações contábeis, principalmente o fim de uma grande provisão que vinha sendo feita nas contas da Autoban para pagamento de outorgas pela concessão da rodovia. Só o fim dessa provisão aumentou o lucro líquido em R$ 62 milhões.

Froes disse que outros R$ 40 milhões do lucro podem ser atribuídos a uma negociação entre a ViaLagos e o governo do Rio de Janeiro. A concessionária tinha dinheiro a receber do governo por algumas desapropriações que fizera – e que deveriam ter sido feitas pelo poder público. A empresa usou esse “crédito” para quitar outorgas ao governo.

Com essas deduções, o lucro da CCR ficaria em torno de R$ 400 milhões, ainda assim 52% maior do que o do ano anterior. Froes comentou que boa parte disso também pode ser atribuída ao impacto da ViaOeste no balanço de 2005. Diferentemente de 2004, o balanço do ano passado traz dez meses de receita da ViaOeste, que liga a Capital à região de Sorocaba.

A receita bruta da CCR ficou em R$ 2,1 bilhões, 34% maior do que em 2004, enquanto os custos aumentaram 23,9%. Mas, sem contar a ViaOeste, a receita teria subido apenas 14,6%. Froes disse que a receita cresceu pela combinação de aumento do tráfego nas rodovias e do valor das tarifas de pedágio.

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