Dezenas de moradores de Presidente Prudente fizeram fila esta semana nos hospitais da cidade para doar sangue às vítimas do acidente entre dois ônibus ocorrido domingo à noite na Rodovia Raposo Tavares. Os veículos bateram de frente, deixando 32 mortos e 21 feridos.

– A gente ficou muito triste com o que aconteceu, com o sofrimento deles. Por isso vim doar sangue – afirmou a dona de casa Imelde Esperança dos Santos, uma das doadoras.

Vinte passageiros que sobreviveram ao acidente continuam internadas nos hospitais da cidade (Santa Casa e Hospital Universitário). Quatro pessoas estão em estado grave.

A polícia de Presidente Prudente começou nesta terça-feira a tomar os depoimentos dos feridos, que são as únicas testemunhas do acidente.

– A maioria não viu nada, estavam dormindo no momento da colisão – afirmou o delegado Claudinei Alves, responsável pelo inquérito.

Ouvir a versão dos passageiros é apenas uma parte da investigação. A polícia está aguardando o resultado da perícia feita em algumas peças dos dois ônibus, principalmente nos tacógrafos, que registram a velocidade do veículo no momento do choque. O laudo final deverá ficar pronto em 30 dias.

Segundo o tenente João Carlos Lemes, da Polícia Rodoviária Federal, a hipótese de uma ultrapassagem malfeita não está descartada, mas para ele o acidente ainda é um mistério.

– Não há fatores de risco no local do acidente. Ali, a ultrapassagem é permitida nos dois sentidos e a visibilidade é boa, de cerca de 1,2 mil metros. O motorista teria tempo de retornar para a pista se houvesse um veículo na direção contrária. Ainda mais sendo um outro veículo grande – afirma.

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