Moradores de Nova Odessa (126 km de São Paulo) voltaram a sofrer com tráfego intenso nas ruas da cidade após a retomada da rota de fuga do pedágio do km 118 da rodovia Anhangüera.

O município, que fica na região de Campinas, voltou a ser rota de desvio de veículos nos últimos dias por causa da suspensão da cobrança nas três praças de pedágio municipais instaladas nas entradas da cidade.

Nova Odessa instalou as três praças em 2001 para evitar que veículos usassem a cidade para fugir do pedágio. Para evitar pagar R$ 4,50, motoristas que se dirigem ao interior do Estado saem da rodovia no km 115.

Até o ano passado, veículos com placas de Nova Odessa e outras cinco cidades vizinhas não pagavam pedágio. Nova Odessa tem cerca de 50 mil habitantes, segundo a prefeitura.

Mas uma decisão do TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo, na última semana de 2005, suspendeu as isenções de tarifas. Com isso, todos os veículos deveriam pagar a tarifa.

A decisão do TJ resultou de uma Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade) proposta pela Procuradoria Geral de Justiça do Estado.

Para evitar que os moradores da cidade também tivessem de pagar para entrar e sair da cidade, o prefeito suspendeu temporariamente a cobrança de forma geral. O projeto foi aprovado pela Câmara Municipal.

“Os caminhões quebram nas ruas e levantam poeira para dentro da casa. Além disso, tem o barulho dos motores que incomoda. O movimento não pára nem de madrugada”, disse a dona-de-casa, Iolanda Gimenez, 56, moradora do Jardim São Jorge.

A prefeitura constatou aumento de até 82% no volume de caminhões em comparação com medições realizadas em dias úteis antes da isenção. Os veículos que desviam do pedágio também passam pelo centro da cidade.

A prefeitura informou que estuda medidas emergenciais para evitar, pelo menos, o tráfego de caminhões pelas ruas da cidade.

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