A polícia gaúcha retoma nesta terça-feira as investigações sobre o incêndio em um ônibus que deixou 28 feridos, em Rio Grande, a 320 quilômetros de Porto Alegre. Quatro passageiros ainda estão hospitalizados. O ônibus, que estava com 50 passageiros, foi destruído em menos de dois minutos. A polícia não descarta a hipótese de o incêndio ter sido criminoso.

– Não existem indícios de sabotagem, mas nenhuma hipótese está sendo descartada. Nós vamos fazer uma investigação minuciosa para apurar a real causa desse incêndio e verificar se realmente foi um incêndio doloso ou se foi um incêndio culposo, ocasionado por alguma falha técnica, alguma falha mecânica ou alguma substância que entrou em combustão – diz a delegada Vanessa Pitrez.

Uma lata de tíner, um tipo de solvente, foi encontrada atrás do banco do motorista. O material é altamente inflamável e pode ter causado o incêndio. Ainda não se sabe quem teria colocado a lata dentro do ônibus.

No início da manhã desta terça-feira, quatro passageiros ainda estavam em estado grave. Uma menina de 14 anos, que teve 40% do corpo queimado, foi operada e, segundo uma pessoa da família, ela estaria em coma.

A administração do hospital afirmou que o estado de saúde do motorista piorou e ele também deverá ser levado para a UTI. As outras duas pessoas continuam no bloco cirúrgico.

O ônibus foi recolhido para o depósito da polícia em Rio Grande e a perícia será realizada nesta quarta-feira.

Durante o incêndio, pedestres quebraram o vidro para ajudar no resgate. Foi assim que um casal conseguiu salvar os dois filhos.Uma mulher ficou presa ao tentar pular a janela. O vidro da frente quebrou por causa do calor. Depois de alguns momentos de agonia, a passageira conseguiu escapar.

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