Ônibus à Biodiesel é menos poluente do que à diesel convencional

O prefeito de Sorocaba, Vitor Lippi (PSDB), quer utilizar o Biodiesel (combustível produzido de óleos vegetais ou gordura animal) na frota de 327 ônibus do transporte coletivo.

A alternativa, menos poluente que o diesel convencional, seria usada em caráter temporário, até a implantação do Gás Natural Veicular em toda a frota.

Lippi afirma que as mudanças fazem parte das diretrizes do projeto Millenium, implantado na Colômbia para aprimorar o desenvolvimento da chamada “mobilidade urbana”.

O prefeito está montando uma equipe que irá à capital Bogotá para conhecer o projeto de perto e trazê-lo a Sorocaba. O objetivo é do biodiesel é ambiental e o do projeto Millenium valorizar o uso do transporte público, bicicletas e caminhadas.

Atualmente o transporte coletivo atende 129 mil pessoas por dia em Sorocaba. Segundo o presidente da Urbes, Renato Gianolla, a licitação do transporte coletivo previa a possibilidade de utilização de combustíveis alternativos como forma de barateamento dos custos e adesão a programas de preservação e melhoria do meio ambiente.

O custo do uso do biodiesel não está definido, embora vá ser implantado. “Para ser viável, o Biodiesel, necessita de subsídio do Governo Federal na produção”, diz Gianolla.

Mudança de hábitos

O projeto Millenium foi implantado pioneiramente na capital colombiana, Bogotá, com vistas ao desenvolvimento da mobilidade urbana. Por este termo, explica o prefeito Vitor Lippi, entende-se a melhoria das condições oferecidas a pedestres e usuários de ônibus.

“Queremos vocacionar Sorocaba para a utilização do transporte coletivo, das ciclovias e da caminhada como meio de locomoção”, afirma o prefeito. Segundo Lippi, o projeto de revitalização do Centro e a implantação de ciclovias na periferia seguem esta filosofia.

Como próximos passos, o prefeito que transformar as calçadas em calçadões, aumentando-as em cerca de um metro.

O prefeito também quer interligar as ciclovias da periferia e construir outras nas áreas de grande circulação de pedestres, fechando uma malha que pretende unir as quatro regiões da cidade.

O prefeito acredita que o projeto é aplicável à realidade de Sorocaba. “É um projeto de longo prazo, mas que mudará os hábitos do sorocabanos e a cara da cidade”.

Kits-gás virão da Argentina

O uso do Biodiesel será uma forma intermediária de controle da poluição, visto que a meta é a implantação do Gás Natural como combustível no sistema municipal de transporte.

Até o meio do ano os primeiros seis veículos à gás começarão a operar. A Prefeitura irá importar kits de conversão, semelhantes aos usados em carros, ao invés de usar veículos novos movidos a GNV. O preço do Gás Natural, segundo o Governo federal, será mantido a 55% do valor do diesel.

Saiba mais sobre o Biodiesel

Biodiesel é um combustível biodegradável derivado de fontes renováveis. Temos dezenas de alternativas, como a mamona, dendê, soja, girassol, pinhão manso, babaçu, amendoim, pequi, etc. Cada cultura desenvolve-se melhor dependendo das condições de solo, clima e altitude.

O Biodiesel substitui total ou parcialmente o óleo diesel de petróleo em motores ciclodiesel automotivos (de caminhões, tratores, camionetas, automóveis, etc) ou estacionários (geradores de eletricidade, calor, etc).

Por estar diretamente ligado ao incentivo à agricultura, o desenvolvimento do Biodiesel representará a crescimento das lavouras familiares

Diversas universidades, institutos de pesquisa e empresas já fabricam o Biodiesel.

A transesterificação é o processo mais utilizado na produção. Consiste na reação química dos óleos vegetais ou gorduras animais com o etanol ou o metanol, estimulada por um catalisador, da qual também se extrai a glicerina, produto com aplicações na indústria química.

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