Um protesto de caminhoneiros paralisou ontem a pista Rio-São Paulo da Rodovia Presidente Dutra, a partir do Km 301, em Resende, no Sul Fluminense, por sete horas. Os manifestantes, que reclamavam do novo sistema de pesagem da carga de caminhões, interditaram a via por volta das 13h, e feriram a pedradas três motoristas de carretas que tentaram furar o bloqueio. No meio da tarde, eles liberaram uma pista para a passagem de carros de passeio, ônibus e caminhões com cargas perecíveis ou tóxicas. O movimento terminou depois que um representante da concessionária que administra a estrada prometeu encaminhar as reivindicações do grupo à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

Congestionamento na via chegou a cinco quilômetros

Quem tentou passar pela Dutra ontem enfrentou por causa do protesto congestionamentos de até cinco quilômetros. Motoristas que voltavam da Região dos Lagos também encontraram engarrafamentos na rodovia que liga Cabo Frio e Búzios à Via Lagos. O principal ponto de retenção era no entroncamento das rodovias RJ-106, a rodovia Amaral Peixoto, e a RJ-140. Neste trecho, essas rodovias estão sendo duplicadas. O percurso entre Cabo Frio e São Pedro D Aldeia, normalmente feito em quinze minutos, estava sendo realizado em 1h15m pelos motoristas. Muitos carros, principalmente vans, trafegaram pelo acostamento. Não havia policiamento no local.

Os caminhoneiros que interromperam o trânsito da Dutra querem que o governo federal volte atrás sobre o pagamento da pesagem baseado nos eixos dos veículos. Antes, a cobrança era feita sobre o peso bruto total, de acordo com a capacidade descrita do caminhão ou carreta. Pela nova modalidade, só é permitido o peso de cinco toneladas sobre o eixo dianteiro e dez para os outros eixos. Quem excede 7,5% de tolerância durante a pesagem nas três balanças da pista Rio-São Paulo é obrigado a contratar um caminhão-guincho para redistribuir a carga.

Quando o peso total ultrapassa o percentual, o caminhoneiro é obrigado a contratar outro veículo para levar o excesso. A NovaDutra, concessionária que administra a rodovia, afirma que o excesso de carga é responsável por 20% dos danos causados nas pistas.

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