Em Minas, vão ser usados cinco radares móveis de última geração, todos equipados com sensor infra-vermelho, para operação à noiteOs motoristas mais apressados devem abrir os olhos. Depois de a BHTrans confirmar a volta dos radares móveis às ruas de Belo Horizonte, ontem foi a vez da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Minas anunciar o retorno desse tipo de equipamento às estradas federais que cortam o estado. Na tarde de ontem, policiais começaram o treinamento para operar os radares e, segunda-feira, quem for flagrado acima do limite de velocidade nas rodovias, vai receber a multa pelos Correios.

Os radares móveis já foram usados nas estradas, por empresas contratadas pelo Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (Dnit) mas, há cerca de dois anos, foram proibidos por terem se tornado instrumentos de uma indústria de multas. Dessa vez, no entanto, a PRF garante que o objetivo não é a arrecadação. Ao contrário dos contratos anteriores, quando as empresas recebiam valores variáveis, dependendo do número de infrações registradas pelos radares. Segundo o inspetor Aristides Amaral Júnior, da PRF, os radares estarão sempre em locais visíveis, próximos a carros da corporação e com policiais operando os equipamentos. “A empresa foi contratada por meio de pregão e vai receber aluguel fixo pelos equipamentos, independentemente do número de multas aplicadas”, afirma.

A PRF não revela o valor do contrato com a empresa paulista LT Comercial, representante brasileira da Laser Tec, que produz os equipamentos, mas, de acordo com o chefe de policiamento da PRF, inspetor Waltair Vasconcelos, o custo vale a pena. “Se esses equipamentos servirem para salvar uma vida, o valor já está pago”, avalia. Os radares que serão usados pela PRF são equipamentos de última geração, guiados a laser, e capazes de armazenar as infrações, incluindo as fotos dos veículos, de até 5 mil infratores. Depois, o material é descarregado em qualquer computador ligado à rede da polícia rodoviária e, as multas, enviadas pelos Correios aos motoristas.

Em Minas, serão usados cinco radares desse tipo, além dos 21 anteriores, que registravam apenas a velocidade. “Com esses equipamentos, nossa capacidade operacional aumenta”, observa Júnior. Ele diz que, com os radares antigos, eram necessários pelo menos cinco policiais, um para registrar a velocidade e acionar o posto da PRF via rádio, outro para parar os veículos no posto e outros três, que ficavam encarregados de registrar as multas. “Os radares novos podem ser operados por um único policial”, relata. POSTOS Ontem, policiais de Pouso Alegre, Betim e Belo Horizonte foram treinados para operar o novo equipamento.

Até amanhã, a preparação deve ser estendida aos demais agentes que atuam nas 18 delegacias e 40 postos da PRF no estado. “Percebemos a necessidade dos radares, porque tem aumentado o número de acidentes. Agora, se alguém for multado por esses equipamentos durante a Operação Carnaval, que vamos iniciar semana que vem, é por total falta de informação”, conclui o inspetor.

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