A Associação dos Municípios da Região Metropolitana de Curitiba (Assomec) vai propor à Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) que a praça de pedágio prevista para ser instalada no quilômetro 61 da BR-116 seja erguida em outro trecho da rodovia, a fim de não prejudicar os usuários da Estrada da Graciosa. A proposta será formalizada pela Assomec na próxima quinta-feira, dia 23, durante audiência pública que a ANTT promoverá em Curitiba para recolher sugestões ao contrato de concessão da BR-116, trecho entre São Paulo e a capital paranaense, que integra a II Etapa do Programa de Concessões de Rodovias Federais.

Para o presidente da Assomec, Beto Richa, a implantação do pedágio antes do acesso à Estrada da Graciosa, no sentido Curitiba-São Paulo, trará ônus político ao governo federal sem que haja aumento significativo de receita. “A impressão que vai ficar, se não houver alteração, é a de que a praça foi instalada apenas para cobrar a tarifa dos motoristas que usam a Graciosa”, diz Beto.

De acordo com levantamento informal da Polícia Rodoviária, a média diária de circulação de veículos pela Graciosa, em direção a Morretes, é de cem automóveis, em dias de semana, e de aproximadamente 250 aos sábados e domingos. “É um número pequeno, que não contribuiria de forma relevante para as receitas da futura concessionária deste trecho da BR-116”, afirma o presidente da Assomec.

Segundo Beto, a cobrança do pedágio nesse local seria capaz de desestimular os turistas, prejudicando os pequenos empresários que sobrevivem da atividade hoteleira, de bares e restaurantes e do artesanato nos municípios de Morretes e Antonina. Também seria injusta pelo fato de que os motoristas utilizam apenas 30 quilômetros – entre Curitiba e o acesso à Graciosa – mas vão pagar pelo uso de 80 quilômetros, que é a distância média entre as praças de pedágio. Além disso, por suas peculiaridades, a Estrada da Graciosa não permite o tráfego de veículos pesados e sua utilização não caracteriza rota de fuga, pois não há retorno para a BR-116.

A Assomec está mobilizando os prefeitos da Região Metropolitana contra a instalação do pedágio no km 61 por entender que a iniciativa trará perdas para o comércio e o turismo, com o único propósito de ampliar a arrecadação do pedágio.

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