Os peritos praticamente esclareceram a causa do incêndio num ônibus anteontem em Rio Grande, a 320 quilômetros de Porto Alegre: um galão de solvente que estava sendo transportado atrás do banco do motorista, Alexandre Muniz, entrou em combustão. Ontem, cinco pessoas ainda estavam internadas no pronto-socorro da Santa Casa de Misericórdia de Rio Grande, três em estado grave. Bruna Correa Moreira, de 14 anos, com queimaduras em 40% do corpo, seria transferida ainda ontem para Porto Alegre.

— Está praticamente descartada a possibilidade de o incêndio ter sido criminoso ou resultado de sabotagem. O motorista recebeu o galão na Praça Almirante Tamandaré, onde começou a viagem, a pouco mais de cem metros do local do incêndio, e deveria entregá-lo na empresa. O solvente pertencia à empresa — disse o delegado Elione Luiz Lopes, que cuida do caso.

Perícia dirá como solvente entrou em combustão

O delegado ouviu nove testemunhas e conversou com o motorista, que ainda está internado na UTI. Desta forma, confirmou que o solvente pertencia à empresa. Como o solvente pegou fogo, segundo Lopes, somente será esclarecido no relatório final da perícia.

— Ainda desconhecemos o que provocou a combustão. Por isso, ainda é cedo para identificar os responsáveis.

Um aspecto importante a esclarecer, disse o delegado, é se o motorista sabia ou não o que estava transportando. Para chegar ao responsável ou aos responsáveis, o delegado pretende interrogar 27 testemunhas, incluindo passageiros e pessoas que prestaram os primeiros socorros.

Ônibus transportava cerca de 50 passageiros

No momento do incêndio, por volta das 16h de segunda-feira, o ônibus, pertencente à empresa Sociedade de Transportes União dos Cotistas e que fazia a linha da Praça Almirante Tamandaré ao bairro Carreiros, levava cerca de 50 passageiros. Desses, 30 foram atendidos no pronto-socorro da Santa Casa de Misericórdia de Rio Grande.

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