Trabalhadores querem o fim da cobrança do IR na PLR

“A cobrança do IR sobre a PLR é injusta e nós trabalhadores não vamos aceitar e nos furtar de fazermos uma discussão séria sobre esta cobrança indevida”.

Cerca de 10 mil trabalhadores ocuparam a Via Anchieta na manhã de quarta-feira, dia 30, em manifestação que pediu o fim da cobrança de Imposto de Renda na PLR e exigiu a queda dos juros na economia.
Os metalúrgicos de Taubaté participaram da mobilização que é liderada pelos metalúrgicos do ABC, sindicatos dos Químicos do ABC e SP; Bancários de São Paulo, Metalúrgicos de SP e Petroleiros
Os trabalhadores tomaram a rodovia Anchieta, a partir do Km 23, próximo à Volkswagen, em São Bernardo, para reivindicar a desoneração. O fim da cobrança do IR sobre a PLR e a queda de juros sempre foi uma política defendida pelo Sindicato.

Para o Secretario Geral do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté, Claudio Batista, “a cobrança do IR sobre a PLR é injusta e nós trabalhadores não vamos aceitar e nos furtar de fazermos uma discussão séria sobre esta cobrança indevida”.

“O Empresário não paga IR sobre as retiradas que faz da sua parte do lucro na empresa, mas um trabalhador que conquista PL, paga e isso é injusto. Estamos reunidos para mostrar que o descontentamento dos trabalhadores é total e para pressionar o Governo a discutir com as centrais o fim desta cobrança”, afirmou Claudio.

Hoje, dia 1, quinta-feira, uma comitiva de dirigentes sindicais se reúne às 11h com o presidente da Câmara, Marco Maia, e às 16h com os ministros Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência da República) e Guido Mantega (Fazenda). Na pauta, o fim da cobrança de imposto de renda sobre a Participação nos Lucros e Resultados dos trabalhadores.

Uma tabela elaborada pelo Dieese, num universo de mais de 700 mil trabalhadores das categorias bancária, química/petroquímica, metalúrgica (somente nas montadoras), do ABC e de SP, o imposto de renda na PLR dos trabalhadores cairá de R$ 1,8 bilhão para R$ 251 milhões em 2011. Isso significa R$ 1,6 bilhão a mais no bolso desses trabalhadores no período.