A associação que representa as empresas de ônibus de Maceió estampou anúncios nos coletivos alertando usuários e cobradores para não aceitar vales-transporte da série A-06, que estão sendo usados para uma fraude contra o sistema.

Segundo o gerente-geral da Transpal, entidade que representa os transportadores, Alenoir Barbosa, pelo menos 500 vales foram usados para pagar passagens nos coletivos da capital. Acontece que eles nem sequer chegaram a ser introduzidos no sistema porque o caminhão que os trazia do local onde são impressos capotou e o carregamento não chegou a Maceió.
Foram extraviados, segundo a Transpal, 4 milhões de vales, totalizando R$ 6,4 milhões.
“Isso é uma fraude. É como pagar por alguma coisa com moeda que já deixou de circular”, explica o executivo.

A partir de agora, os cobradores estão orientados a não receber mais os vales dessa série. Quem os adquirir para pagar passagem vai terminar com papel sem valor nas mãos.

Capotamento
O episódio teve início no dia 26 de dezembro, com um acidente. A carreta que transportava as 32 caixas com os quatro milhões de documentos capotou na cidade de Muriaé (MG), parte do trajeto que fazia desde Blumenau (SC) – onde os vales são impressos – após ter passado por Curitiba (PR) e São Paulo (SP).

Segundo o gerente da Transpal, a carga foi saqueada e o processo de ressarcimento ainda está em curso.

“Mas, para nossa surpresa, os vales começaram a aparecer no sistema de transporte coletivo de Maceió”, relata.

O comunicado foi feito pelas próprias empresas. É que antes de introduzir uma série de documentos para pagamento de passagens no sistema, a Transpal remete aos setores que os processam, em cada empresa, exemplares dos passes e vales que vão entrar em operação. A medida é para que os cobradores possam identificar os documentos, recebendo os que são válidos e rejeitando os que já saíram de circulação.

O gerente da Transpal diz que pelo menos 500 vales dessa série chegaram a ser apresentados para pagamento das passagens.

“Acho que, para evitar desentendimentos com os passageiros, os cobradores aceitaram. Mais tarde, as empresas nos comunicaram e agora estamos avisando a todos que esses vales não têm validade”, explica.

A Transpal ainda não sabe quantos vales foram extraviados, porque a quantidade de caixas saqueadas do caminhão não chegou a ser comunicada oficialmente pelos responsáveis pelo processo referente ao seguro.

Por isso, segundo ele, não há como definir quantos vales chegaram a Maceió e ainda podem estar em circulação. “Mas, independentemente disso, no nosso entendimento, isso é produto roubado”, acrescentou.

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